Como você sofreu violência se o cliente estava pagando?”
Ela estava parada, estática, sem reação. A dor era insuportável. Ela não tinha mais sexo, estava mutilada. Depois, vieram as folhas de cana que desfiguraram seu rosto, enquanto corria tentando escapar. Talvez a culpa tivesse sido dela. Por ser mulher. Por ser prostituta.
O trecho acima aparenta ser ficcional, mas diz respeito ao abuso sofrido por uma colega da prostituta Ana Paula, a Paulinha, de Ribeirão Preto – SP. Experiências como essa são realidade na vida de muitas mulheres brasileiras, inclusive as garotas de programa.
Os determinantes que invisibilizam a violência contra a mulher no contexto da prostituição.
A violência no cotidiano da prostituição: invisibilidades e ambiguidades