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Esta edição do Grito Mulher pretende suscitar o debate sobre a situação das mulheres que exercem a prostituição, o estigma e as violações de direitos humanos que lhes afetam particularmente (como violência, falta de condições mínimas de higiene, insalubridade dos locais de prostituição, exploração econômica e a falta de proteção frente a determinados clientes e donos desses locais). Para além da velha e ultrapassada discussão entre abolicionistas e regulamentaristas, pretendemos promover a reflexão a partir de novas perspectivas, surgidas dos relatos e demandas apresentadas pelas próprias mulheres que estão nesse meio. Buscamos também motivar a discussão sobre quais são as medidas mais eficazes para seu empoderamento e para sua proteção social e jurídica. A experiências destes anos no acompanhamento de mulheres em situação de prostitui- ção nos ensinou que não serve qualquer medida abolicionista nem qualquer tipo de regulamenta- ção. O enfrentamento da vulnerabilidade e a discriminação que sofrem nos exige “sair da caixinha”, pensar diferente, determinar caminhos alternativos, em colaboração com outras entidades e movimentos sociais e com as próprias associações de prostitutas que lutam para melhorar suas condições de vida.