“Esses preços sufocam às mulheres que trabalham nos hotéis”
P.Q.P., eu não sabia que virar prostituta rendesse tanto! (não falo de dinheiro)
Como rende assunto e mobilização!
É na TV, nos noticiários, nos trabalhos acadêmicos jornalísticos, médicos, farmacêuticos, psicológicos, sociológicos, de direitos civil e humanistas.
Poxa… entrar pro puteiro sem a mínima ideia do que representa penetrar no mundo aparentemente inconsequente; cujo intuito para mim era colher recursos financeiros para abastecer os armários lá de casa! Ô!
Puta merda, agora ando nas ruas e me apontam. Eu poderia não estar nem aí, porém, observando e aprendendo sobre o que é a prostituição no mundo, vejo o que há de consequência emocional, psicológica, na saúde do corpo, no cotidiano social e numa inserção ao trabalho secular.
“Ninguém nos quer”. Eu poderia dizer, depois de ver isso tudo, diante de tudo que hoje vivencio, aprendo e sinto na pele: isso é estigma. Ele existe; é radical, e deve, sim, ser estudado, discutido e debatido por cada um de nós.
As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Diálogos pela Liberdade – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.