Com a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman

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O Projeto Oblata, Diálogos pela Liberdade, representado pela articuladora de comunicação, Fernanda Soares, esteve presente no evento “Diálogo com a ONU Mulheres”, promovido pela Comissão Estadual da Mulher Advogada, no dia 26/10/17.

A vice-presidente da OAB Minas, Helena Delamonica, juntamente com a Comissão, recebeu na sede da seccional mineira da OAB, a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman.

Helena Delamonica ressaltou que “a ONU Mulheres tem desenvolvido importante trabalho na igualdade de gênero e empoderamento feminino, em prol da busca de oportunidades e direitos iguais. Nesse contexto, a mulher advogada tem papel especial em relação ao que é almejado”.

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Em sua exposição, a representante da ONU Mulheres trouxe dados atualizados sobre o feminicídio no Brasil, destacando que houve considerável aumento na taxa de assassinatos de mulheres, sendo as mulheres negras as mais vulneráveis. Os índices colocam o Brasil na posição de 5º país mais violento do mundo contra as mulheres. Gasman também evidenciou pesquisa que revela que 85% das mulheres têm medo de sair na rua por medo de violência sexual, ou seja, não se sentem seguras nos espaços públicos; e ressaltou a importância de se reconhecer os trabalhos desenvolvidos pelas organizações de mulheres, as mobilizações e os marcos internacionais, como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW – sigla em inglês), que é o primeiro tratado internacional que dispõe amplamente sobre os direitos humanos das mulheres, com o propósito de promover a igualdade de gênero e reprimir todas as formas de discriminações contra as mulheres nos Estados-parte.

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Os pactos entre governos também buscam a erradicação da violência, o empoderamento das mulheres e a igualdade econômica, mas a caminhada é árdua para se alcançar um mundo mais justo, mais humano e igualitário. Como ação conjunta, mais de noventa países assumiram compromissos concretos para um Planeta 50-50, iniciativa global lançada pela ONU Mulheres em apoio à Agenda 2030.

“Nosso objetivo é ter desenvolvimento sustentável, conquistar a igualdade de gênero e dar empoderamento às mulheres e para lograr esses objetivos, precisamos da ajuda da OAB, pois é papel dos advogados apoiar as mulheres para que consigam exercer todos os seus direitos”, disse a representante da ONU.

Dentro da perspectiva de atuação do projeto Diálogos pela Liberdade, que trabalha em prol da efetividade dos direitos humanos das mulheres que exercem a prostituição, faz-se necessária a sensibilização contra o estigma que naturaliza violações de direitos e um maior entendimento sobre o contexto de invisibilidade social, preconceito e discriminação vivenciados pelas mulheres atendidas pelo projeto, que muitas vezes não são vistas e nem tratadas como sujeitos de direito, reforçou Fernanda Soares.

Alinhado à questão da sensibilização, registra-se outro apontamento  de Nadine Gasman, que trouxe à tona a importância da comunicação na luta contra a violência e defesa dos direitos das mulheres, convidando a todas e todos a se engajarem nesta batalha pela justiça social. Dentre as estratégias que já estão sendo realizadas pela ONU, ela citou as campanhas “He for” She, os “16 Dias de Ativismo”, a campanha “O Valente não é Violento”, dentre outras.

Mais informações:

ONU Mulheres – http://www.onumulheres.org.br/

OABMG – https://www.oabmg.org.br/

Diálogos pela Liberdade: [email protected] | [email protected] |https://dialogospelaliberdade.oblatassr.org/

 

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Diálogos pela Liberdade – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 

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