De 11 a 14 de setembro, se realizou o Encontro de Formação da Rede Oblata Brasil. Os projetos de missão que atuam nos estados da Bahia, São Paulo e Minas Gerais se reuniram para debater e refletir sobre os direitos das mulheres que exercem a prostituição.
Tivemos a apresentação de estudos prévios sobre esses direitos, com reflexões organizadas pelos nossos projetos de missão, bem como a atual conjuntura do Brasil e sua influência na realidade das mulheres que atendemos. Como Rede, tivemos a oportunidade de ouvir e nos encontrar nas convergências e divergências de nossa caminhada nos quatro países da Província Santíssimo Redentor: Brasil, Angola, Uruguai e Argentina.
Recebemos a doutoranda e professora de Direito Bárbara Lobo para falar sobre “Trabalho sexual – Direito, visibilidade e reconhecimento”, que proporcionou a atualização da equipe em termos de direitos civis, regulamentação da prostituição, alternativas para construção conjunta, contradições das leis, aprofundamento sobre os conceitos de prostituição e exploração sexual, perspectivas sobre o entendimento da CBO – Classificação Brasileira de Ocupações, disponibilizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, na qual se inclui a categoria “Profissional do sexo”.
Também contamos com a presença do doutor em Direito e integrante do Projeto Casa Abierta em Montevideo, Victor Coelho, que nos explicou a realidade que enfrentam em Uruguai, onde a prostituição está regulamentada. O dia 13 esteve conosco Monique Prada, trabalhadora sexual, ativista, ex-presidenta da CUTS (Central Única de Trabalhadoras e Trabalhadores Sexuais) e coeditora do projeto Mundo Invisível, quem nos falou as reivindicações trabalhistas das prostitutas e do enfrentamento do preconceito que existe contra elas.
Durante todas essas jornadas nos assessorou Daniel Rech, ajudando-nos a sistematizar as conclusões e os encaminhamentos do Encontro.