Antônia Maria de Oviedo nasceu na Suíça em 1822. Ao longo de sua vida aprendeu cinco idiomas e, junto a sua família, abriu um pensionato para hospedar meninas e contribuir em sua educação, antes de tornar-se tutora da família real .
Em 1860 conheceu Padre Serra que realizava seu trabalho pastoral no hospital São João de Deus e ficou muito tocado com a situação das mulheres prostituídas que eram atendidas no porão, pois não eram aceitas juntos aos demais.
Em 1864 Antônia Maria começou colaborar nas Escolas Dominicais de Serra quando recebeu o convite para ajudá-lo em sua missão com as mulheres em contexto de prostituição da época. A princípio ela relutou contra a ideia de trabalhar com “essas mulheres”, mas foi esse o caminho para a sua conversão. Em meados de 1864, nasce a primeira casa de acolhida que recebeu o nome de Nossa Senhora do Bom Consolo.
Depois de cinco anos acolhendo as mulheres, um incêndio nas redondezas destruiu a igreja e parte da casa. Após esse trágico incidente, uma amiga de Antônia Maria, somou-se a sua dor para um novo recomeço e dessa união, em 1870, nasce o Instituto das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, presente hoje em 15 países. Em 1873 Antônia Maria fez seus votos e inicia sua trajetória como Madre Antônia.
Em comemoração aos 150 anos dessa história, nos reunimos para relembrar os caminhos das Oblatas, os caminhos da doação às mulheres que exercem a prostituição. Foi uma tarde de aprendizado e troca, pois consideramos que cada uma e cada um de nós fazemos parte dessa história.