Realizamos nos dias 18 e 19 de fevereiro um workshop, trazendo como temática a Prostituição e suas Interfaces – Uma Intervenção Social.
Como estratégia de intervenção e sensibilização aplicamos a técnica do Esquizodrama – Se as paredes fala-se, simulando o quarto de hotel a fim de apresentar a realidade das mulheres em contexto de prostituição com repertório musical da banda Francisco, El Hombre, música Triste, Louca ou Má.
E um homem não me define
Trecho da música Triste, Louca ou Má da banda Francisco, El Hombre
Minha casa não me define
Minha carne não me define
Eu sou meu próprio lar
Isabel Brandão a Psicóloga da unidade, esclareceu de formar objetiva a construção de uma identidade em uma sociedade onde o patriarcado e o capitalismo são predominantes.
Influências da uma sociedade ideal interferem na história pessoal de cada indivíduo porque vão determinar quais são os valores, os lugares, as atitudes e as formas de pertencimento social que são “legítimas”.
Violação dos direitos e o estigma foi outro tema refletido nesse evento, a assistente Social da unidade Lucinete dos Santos explicou o trajetória do movimento de prostitutas as legislação internacional e nacional. O estigma e as consequência do estigma foi fortemente pontuado neste debate.
“ O estigma atua de dentro para fora, através do medo, da fraqueza de caráter e da sensação de impotência criada e mantida pelo permanente processo de auto-julgamento, auto-condenação e auto-flagelação, o que confirma e antecipa o fracasso pessoal, reafirmando o estigma social”
Letícia Lans
Momento da roda de conversa com a equipe da unidade e com a participação do Clã das Lobas representando a voz das mulheres.
No segundo dia de encontro de formação para voluntariado. Foram apresentados os projetos da unidade: Abordagem, Melhorando a qualidade de Vida, Acolhida e Sensibilização/Advocacy . O evento contou com a participação de diversos públicos entre eles estudantes universitários, seminaristas, profissionais da saúde entre outros.